ST 01 – Teoria, História da Historiografia e Ensino de História

Coordenadores: Daniel Pinha (UERJ) e Aryana Costa (UERN)

O Simpósio Temático pretende receber trabalhos que tratem de pesquisas e/ou relatos de experiência sobre fontes, metodologias e referenciais teóricos que pensem objetos e sujeitos através dos campos da teoria da história, do ensino de história e da história da historiografia – no âmbito escolar mas também em espaços não escolares.
Pretende-se com isso criar uma agenda de debate em torno de demandas postas pelo tempo presente a profissionais de história e que vêm demandando reflexões sobre a própria produção de conhecimento histórico, sobre nossa formação profissional e sobre a mobilização de saberes históricos em esferas de atuação pública.  

ST 02 – História e Literatura 

Coordenadores: Beatriz Vieira (UERJ) e Pedro Caldas (Unirio)

Este Simpósio Temático discutirá as muitas formas pelas quais História e Literatura abrem possibilidades de pesquisas interdisciplinares, desde as quais vários temas poderão ser desenvolvidos, tais como: o diálogo entre história e literatura, a abordagem de experiências históricas, memória, temporalidade, subjetividade, ficcionalidade, imaginação, identidade, (trans)nacionalidade e universalidade, biografias, perspectivas teórico-críticas e historiográficas da produção, circulação e recepção de obras. Com essas e outras questões, o simpósio está aberto à exposição de reflexões teóricas, estudos de caso e relatos de experiências, seja no campo da Teoria Histórica ou da Teoria Literária.

ST 03 – Políticas do tempo e da história

Coordenadores: Walderez Ramalho (UDESC) e Marcello Assunção (UFRGS)

Uma tendência atual no campo da Teoria e História da Historiografia consiste em discutir como o tempo histórico se manifesta e adquire significado em situações práticas, sendo instituído por atores sociais enredados em relações de poder. Este simpósio visa acolher trabalhos que avançam nessa discussão sobre as políticas do tempo e da história. Abertos a diferentes definições e aplicações possíveis dessas categorias, o ST convida propostas que abordem os vínculos complexos entre quadros temporais e relações de força, seja no âmbito da historiografia (sejam ou não produzidas pela academia), no ensino de história (dentro e fora do espaço escolar) e no discurso público em geral. 

ST 04 – Teoria e Filosofia da História

Coordenadores: Breno Mendes (UFG) e Augusto de Carvalho (UNIRIO)

Ainda há espaço para a filosofia da história, hoje? A proposta deste Simpósio Temático é acolher reflexões teóricas que, de algum modo, respondam a essa questão. A crescente especialização da história-disciplina, somada às catástrofes ocorridas ao longo do século XX são dois fatores para a recusa, largamente estabelecida na academia, da categoria filosofia da história. Essa tendência foi reforçada pela ideia, primeiramente introduzida por William Henry Walsh, segundo a qual caberia aos historiadores tratar apenas de problemas epistemológicos. Isto é, aos historiadores caberia apenas a tarefa teórica de estabelecer a lógica de como é possível conhecer os acontecimentos históricos, e não outras questões filosófico-teóricas a respeito da história, sobretudo em relação ao seu sentido e significado.  Nos últimos anos, porém, é possível verificar no interior do campo da teoria da história uma reabertura a problemas de caráter filosófico que vão além das questões estritamente ligadas à teoria do conhecimento. Nestes termos, trabalhos que contemplem o diálogo entre história e filosofia de modo mais amplo como, por exemplo, pesquisas sobre ontologia e metafísica do fenômeno histórico, filosofia analítica de história, a multiplicidade de tempos históricos, a dimensão ético-política do discurso histórico, a emergência de novas sensibilidades histórico-temporais advindas com a revolução digital serão bem-vindos, uma vez que de uma forma ou de outra, os referidos problemas questionam, precisamente, o sentido ou significado da história.

ST 05 – História e afetividades

Coordenadores: Géssica Guimarães (UERJ) e Mirian Hermeto (UFMG)

A proposta deste ST é criar um espaço de debate sobre as investigações recentes na historiografia brasileira acerca das afetividades como fenômeno que tem especificidades em cada tempo histórico e é fundamental para a compreensão das experiências humanas. Propõe-se, então, algumas linhas de reflexão sobre as afetividades como questão histórica: 1) a construção de caminhos para se pensar/elaborar uma teoria que não as trate como um problema, mas como uma potencialidade; 2) a atenção à sensibilidade para o papel pedagógico da história e das reflexões teóricas no tratamento da questão; 3) o desenvolvimento de metodologias de investigação do fenômeno que considerem suas especificidades históricas.

ST 06 – Historicidades não-hegemônicas

Coordenadores: Maria da Glória (UFRRJ) e André Ramos (UEMG)

O simpósio temático procura acolher pesquisas que tematizam a emergência de formas de articulação não-hegemônica das historicidades capazes de tensionar o caráter normativo próprio das temporalidades moderna e presentista. No âmbito dos estudos em teoria da história e história da historiografia se consolidaram as discussões de como o ofício dos historiadore(a)s não pode ser compreendido de forma dissociada dos regimes de historicidade e dos espaços institucionais que permitem as condições epistemológicas de suas enunciações e práticas. Contemporaneamente tem se intensificado a demanda de se explorar como esses regimes de historicidade e espaços institucionais hegemônicos limitam ou mesmo vetam a presença de corpos, afetos e formas de articulação do tempo histórico dissidentes, que são capazes de desafiar os cânones disciplinares. Nesse sentido, o presente simpósio temático assume o desafio de acolher trabalhos que abordam de forma interseccional as interfaces entre os estudos sobre as dinâmicas da experiência da historicidade perante marcadores disruptivos de raça, classe e gênero, tendo em vista o favorecimento da performatividade da diferença, da (in)disciplinaridade e da descolonização.

ST 07 – História pública e historiografias populares

Coordenadores: Rogério Rosa (UDESC) e Rafael Dias Castro (Unimontes)

Serão acolhidas propostas que exploram a produção historiográfica efetuada pelo público acadêmico e não acadêmico, que tenham potencialidades para refletir sobre o papel dessas produções tanto para o ensino de história, quanto para a democratização das pesquisas históricas de forma aberta, ética e de qualidade. Destacamos trabalhos que exploram a dimensão historiográfica subjacentes às narrativas históricas não escritas, como a emergência de certo teor historiográfico presente em músicas, filmes, games, HQs, rádio, museus, teatro, Podcast, redes sociais, televisão, entre outros. Serão bem-vindas, também, pesquisas que abordem, para além das dimensões hermenêuticas dos objetos analisados, a materialidade e presença de afetos disruptivos na narrativa historiográfica, tais como apelo à sensibilidade, à alteridade e às emoções.

ST 08 – História da Historiografia Brasileira

Coordenadores: Bruno Balbino Aires da Costa (IFRN) e Wagner Geminiano (UFOP)

Este simpósio temático tem como intuito principal reunir pesquisadores e pesquisadoras em diversos estágios de pesquisa, interessados em refletir e debater a história da historiografia brasileira. De maneira geral, esse campo de estudos tem como núcleo comum de investigação a reflexão em torno da historicidade da escrita da história no Brasil. Desse modo, são várias as possibilidades de pesquisa com as quais buscaremos dialogar: pesquisas e trabalhos que discutam a relação entre teoria da história e história da historiografia brasileira em diferentes períodos; a dimensão disciplinar, institucional e profissional da história no Brasil; a relação entre história, historiografia e memória e geografia disciplinar; bem como aspectos que instituem a história e a historiografia brasileiras na sua relação com o estado nacional, seja a partir da formação da ideia de nação até a história como parte de políticas públicas de estado.

ST 09 – História da Historiografia Geral

Coordenadores: Marcelo Durão (IFES) e Mariana Silveira (UFMG)

Este simpósio procura reunir trabalhos que reflitam sobre os desafios enfrentados pela historiografia, especialmente diante da necessidade de pluralizar e democratizar as formas contemporâneas de representação do passado. Considerando as décadas de discussões sobre os limites do conceito “singular coletivo” de história (Reinhart Koselleck), o ST estará aberto a propostas de comunicação que explorem as possibilidades de pensar a historiografia para além da tendência à homogeneização, característica do regime de historicidade moderno (François Hartog). Nesse sentido, o ST acolherá trabalhos que abordem, direta ou indiretamente, os impactos da “crise do futuro” e dos diversos “giros” (ético-político, global, pós-colonial, etc.) ocorridos no pensamento histórico no último quarto de século. Serão particularmente bem-vindas propostas que se voltem aos “sons do silêncio” (Maria da Glória de Oliveira) historicamente produzidos a respeito de questões como gênero, sexualidade, raça, origem geográfica, etc. Procuraremos, assim, promover debates sobre os limites da história como campo do conhecimento, interrogando-nos sobre o potencial de exercícios de “indisciplina” e de diálogos com outras formas de elaboração das experiências do e no tempo. Por fim, acolheremos reflexões que problematizem a própria área de estudos, a partir da indagação: que lugar os trabalhos de história da historiografia podem ocupar hoje, quando seu papel como organizadores de certa “memória disciplinar” (Manoel L. Salgado Guimarães) não está mais garantido?

ST 10 – Museus, patrimônio e ensino de história

Coordenadores: Aline Montenegro (Museu Paulista) e Carina Martins (UERJ)

Este simpósio temático pretende reunir trabalhos e promover o debate sobre a prática historiográfica e o ensino de história no campo dos museus e do patrimônio. Reflexões teóricas e questionamentos contemporâneos que têm mobilizado processos e políticas de construção de memória, assim como diferentes usos do passado, serão discutidos no sentido de compreende-los como parte dos esforços de defesa da democracia e de combate à colonialidade. O ST parte de um olhar multidimensional sobre o ensino de História a partir da tríade: memória, patrimônio e ensino. Quais memórias esses ambientes colocam em discussão? Permanecem as memórias canonizadas por uma História dita positivista? Quais histórias adentram os museus e se inscrevem no patrimônio, seja material ou imaterial, e retornam aos espaços públicos? Como os museus e o patrimônio estão sendo acionados no processo de construção de imaginações democráticas? Essas são algumas das questões que simpósio pode potencializar. O compartilhamento de pesquisas, experiências de curadoria e ações educativas, que abordem diagnósticos, estudos de caso e histórias de instituições e de atribuição de valores que definem o que é patrimônio cultural, também interessam e enriquecem as trocas e construções coletivas esperadas no ST.

ST 11 – Futuros da cultura histórica e escolar: humanidades digitais, ensino, pesquisa e extensão no século XXI

Coordenadores: Marcella Albaine (UFRR) e Rodrigo Bonaldo (UFSC)

Este Simpósio Temático tem por objetivo discutir o papel das humanidades digitais, do ensino, da pesquisa e da extensão em história em um contexto marcado pelo acelerado desenvolvimento das tecnologias da informação. Partimos do pressuposto de que o engajamento da historiografia com objetos e problemas de ordem tecnológica é fundamental para a compreensão do tempo presente. Simultaneamente, ferramentas digitais abrem caminhos sedutores para o estudo do passado e suas formas de representação. Elas também nos convidam a pensar sobre futuros que, muitas vezes, já parecem se fazer presentes. O ST busca reunir trabalhos que incorporem ou desenvolvem ferramentas e metodologias digitais para o ensino, a pesquisa e a extensão em história; que problematizem a condição histórica (pós)digital desde suas múltiplas alternativas de conceitualização; que reflitam sobre o impacto das tecnologias de automação, do gerenciamento e análise de Big Data na economia, na sociedade e no trabalho, no clima terrestre e nas culturas humanas, nos afetos e nas democracias, assim como na ética e nas práticas pedagógicas e de pesquisa no século XXI; por fim, também procuramos congregar trabalhos que especulem sobre futuros históricos desde pontos de vistas associados à cibercultura, como a literatura e o cinema, a ciência de dados, a crítica da técnica e a ética informacional.

ST 12 – História, justiça e passados sensíveis

Coordenadores: Sônia Menezes (URCA) e Caroline Bauer (UFRGS)

Este simpósio temático tem por objetivo criar um espaço de reflexão sobre o ensino de história e a promoção da democracia. Dessa forma, esperamos receber trabalhos que tratem das estratégias para a educação em direitos humanos, contemplando reflexões sobre o combate a todas as formas de racismo, misoginia, LGBTQIA+FOBIA, etarismo e capacitismo. Também destacamos as análises sobre o ensino e a aprendizagem de história a partir da construção de futuros e da mobilização de sensibilidades; que abordem a historicidade do ensino de história, evidenciando influências que políticas autoritárias e democráticas tiveram na conformação da disciplina e que se questionem sobre a interpelação entre a teoria e o ensino de história a partir de perspectivas mais diversas e inclusivas na escrita sobre o passado.

 

→ As inscrições para comunicação oral nos Simpósios Temáticos estão encerradas.

Confira aqui as normas e orientações para inscrição nesta modalidade.